Oficina de Fabrico Artesanal de Pão

O pão é um dos alimentos mais queridos e o seu processo de fabrico é de uma simplicidade misteriosa. Compreender as suas partes, a vida que leveda a massa e as possibilidades de enriquecê-lo com inúmeros ingredientes locais é o princípio da desmistificação dos boatos que o descrevem como difícil de fazer numa cozinha vulgar.

A massa-mãe é o fermento natural que leva um pouco de nós de fornada em fornada e que pode ser partilhado com os outros – e aqui pode dizer-se que aquilo que leveda o pão, o que o faz crescer, pode levedar também as relações entre as pessoas.

Se por um lado não é necessariamente verdade que é preciso amassar muito para se obter um bom pão, também reconheceremos que dar voltas à massa é um exercício de descontração incomparável.

Fazer a merenda, o jantar e a sobremesa a partir da mesma bola de massa é um desafio à criatividade e uma janela de possibilidades que, não parecendo, pode facilitar a quotidiana procura de uma alimentação consciente sem prescindir do prazer de comer.

Oficina teórico-prática

1: A química teórica do processo de panificação, características das matérias-primas e demonstração da criação da própria massa-mãe;

2: Selecção de ingredientes locais e reflexão sobre as suas potencialidades no enriquecimento da padaria pessoal;

3: Demonstração e prática da confecção de uma massa básica e enriquecimento pessoal e criativo. Partilha de ideias para o uso prático em casa como base de qualquer refeição. Cozedura.

4: (durante a cozedura) Conceitos básicos de conservação da massa-mãe e da massa de pão propriamente dita. Partilha da primeira entre todos e recapitulação dos cuidados a ter para a sua continuação.

Donativo obrigatório:
Sócios: 6 Paus
Não sócios: 10 Paus

Orientadora: Luísa Soares Teixeira
Formou-se na cozinha da avó Arminda, um espaço integrado numa casa de campo e equipado de maneira tradicional, tendo vindo a praticar uma cozinha de continuidade desde a infância, participando e experimentando, copiando e reinventando à medida dos recursos do seu tempo.
Consolidou conhecimentos de maneira auto-didacta debruçando-se sobre a mais nobre bibliografia gastronómica em conjunto com uma licenciatura em professores de Educação Visual e Tecnológica que resultou numa perspectiva de cozinha como oficina de expressão criativa.
Tem experimentado a escrita de crónicas de opinião e memórias culinárias na série A Conversa já Chegou à Cozinha e acha que o valor do conhecimento é proporcional às vezes que é partilhado. É produtora de uma pequena série de conservas de ingredientes locais e sazonais.